Uma das questões extremamente importantes do existencialismo é o reconhecimento e a valorização das emoções e dos sentimentos.
Não significa que o existencialismo desvalorize a razão, mas entende que o ser humano não é um ser meramente racional, mas que, além da razão, é um ser que se emociona, que se sensibiliza e que se afeta com as vivências que experimenta.
Por muito tempo, na filosofia e na cultura ocidental, os sentimentos foram mal vistos e desvalorizados, vistos como equívocos ou ilusões, entendendo que a razão deveria ser usada para controlar e guiar as pessoas, que não se pode confiar nas emoções.
O Racionalismo de René Descartes (1596-1650), durante o século XVII, priorizava a razão como caminho para se alcançar a verdade, entendo o ser humano como uma mera "coisa pensante", e o universo físico regido pela causalidade e pelo determinismo.
"Penso, logo existo."
(René Descartes)
Essa filosofia promoveu uma desconfiança com relação aos sentidos, entendendo eles como meros acidentes e ilusão, compreendendo que somente era possível confiar na razão.
O desenvolvimento do Iluminismo, no século XVIII, exerceu grande influência na filosofia, nas ciências, nas artes e no modo de encarar a vida. Essa concepção valorizava a razão e o uso do intelecto como meio de possibilitar descobertas alcançar o desenvolvimento.
O desenvolvimento do Iluminismo, no século XVIII, exerceu grande influência na filosofia, nas ciências, nas artes e no modo de encarar a vida. Essa concepção valorizava a razão e o uso do intelecto como meio de possibilitar descobertas alcançar o desenvolvimento.
Na filosofia e nas ciências modernas, houve uma super valorização da razão
e uma supressão das emoções, entendendo o ser humano como um ser racional, e
que por meio da razão poderia controlar o mundo e a si mesmo .
Porém, no século XIX, alguns filósofos como Sören Kierkegaard (1813-1855) começam a questionar essa primazia da razão, entendendo que somos também movidos por nossas emoções, constatando inclusive que a razão nem sempre nos é boa ou benéfica.
"Sinto, logo sou."
(Sören Kierkegaard)
A ideia de um ser humano que não se deixa levar pelos sentimentos, que se controla a si mesmo pela razão, passa a ser questionada por filósofos da existência, percebendo que são justamente nossos sentimentos que nos movem, e que nos desperta interesse em fazer ou deixar de fazer algo.
Não falamos para um sentimento de amor ou raiva "parar" e ele simplesmente "desaparece", não é simples assim. Podemos até nos esforçar para não demonstrar um sentimento, mas isso não evita de sentir. Somos seres que pensamos e nos emocionamos, por vezes estamos bem e nos sentimos dispostos para a vida, outras vezes bate um tédio e nos sentimos mal.
Cada pessoa sente de uma maneira, e desenvolve um modo próprio de expressar o que sente, seja falando, cantando, gritando, escrevendo, dançando, fazendo mímica, pintando, ou até mesmo ficando em silêncio.
Nossos desejos são orientado por nossos sentimentos, e quando efetivados nem sempre passam pela razão. A racionalização pode distorcer nossos sentimentos ou nos auxiliar a lidar com eles, depende como cada um a utiliza.
Não falamos para um sentimento de amor ou raiva "parar" e ele simplesmente "desaparece", não é simples assim. Podemos até nos esforçar para não demonstrar um sentimento, mas isso não evita de sentir. Somos seres que pensamos e nos emocionamos, por vezes estamos bem e nos sentimos dispostos para a vida, outras vezes bate um tédio e nos sentimos mal.
Cada pessoa sente de uma maneira, e desenvolve um modo próprio de expressar o que sente, seja falando, cantando, gritando, escrevendo, dançando, fazendo mímica, pintando, ou até mesmo ficando em silêncio.
Nossos desejos são orientado por nossos sentimentos, e quando efetivados nem sempre passam pela razão. A racionalização pode distorcer nossos sentimentos ou nos auxiliar a lidar com eles, depende como cada um a utiliza.
Deste modo, o existencialismo passa então a reconhecer as emoções como inerentes à condição humana, entendendo que não somos somente um ser pensante. Inclusive, reconhece que as emoções podem ser boas ou ruins, assim como a razão pode ser também boa ou ruim.
Por Bruno Carrasco.