O termo "fenomenologia" deriva de duas palavras gregas: phainesthai, que corresponde aos fenômenos, a tudo aquilo que se apresenta ou se mostra, e logos, que significa estudo, explicação ou descrição, sendo então a fenomenologia o estudo ou a descrição dos fenômenos.
O interesse da fenomenologia não é explicar o mundo objetivo, mas compreender o modo como acontece a captação da experiência de mundo para cada pessoa, trata-se de uma ciência da subjetividade, que busca captar o fenômeno tal como é experienciado pela consciência.
O interesse da fenomenologia não é explicar o mundo objetivo, mas compreender o modo como acontece a captação da experiência de mundo para cada pessoa, trata-se de uma ciência da subjetividade, que busca captar o fenômeno tal como é experienciado pela consciência.
A fenomenologia é um método de conhecimento sobre o mundo, que se iniciou entre o final do século XIX e início do século XX. Diferencia-se da ciência positivista, que busca universalizar e categorizar os saberes, e das tendências idealistas, que buscam estabelecer conceitos e ideias gerais sobre as coisas. Sua metodologia propõe o retorno a um estágio pré-reflexivo, antes das representações e construções conceituais.
A consciência constitui os fenômenos, atribuindo sentido às coisas, o conhecimento capta o sentido e a significação das coisas. O que chamamos "realidade" não é um conjunto de coisas, mas um conjunto de significações e sentidos que são produzidos pela consciência, que constitui um sistema de significações que nos anima e orienta.
Fenômeno é tudo aquilo que surge no campo da consciência, do modo como aparece, captado pela consciência. O fenômeno é justamente o modo como algo aparece para cada consciência, o que não se trata de uma representação da coisa observada, nem mesmo da "coisa em si", mas a coisa tal como é revelada à uma consciência.
O modo como uma situação aparece para cada pessoa envolve suas próprias significações e avaliações sobre o fenômeno. Fenômeno não é o mesmo que fato, pois o mesmo fato pode adquirir diferentes significados para cada pessoa, o fenômeno envolve os significados que cada um atribui.
O modo como uma situação aparece para cada pessoa envolve suas próprias significações e avaliações sobre o fenômeno. Fenômeno não é o mesmo que fato, pois o mesmo fato pode adquirir diferentes significados para cada pessoa, o fenômeno envolve os significados que cada um atribui.
A consciência é intencional, toda consciência é consciência de algo, ou seja, é um ato que visa um objeto, um fato ou uma ideia. Por visar algo, a consciência não refere apenas as coisas e os objetos materiais que aparecem, mas todas as vivências que envolvem as coisas que aparecem. A consciência não se torna as coisas, mas dá significação a elas.
Quando olhamos para uma mesa, temos a consciência dela enquanto mesa percebida, não há duas vivências isoladas (uma "ideia de mesa" e a "percepção dela"), mas a percepção acontece de um só golpe. A consciência e a coisa não são duas entidades separadas, mas acontecem em correlação. A fenomenologia busca resgatar o mundo das experiências pré-reflexivas, que é o mundo da vida.
Quando olhamos para uma mesa, temos a consciência dela enquanto mesa percebida, não há duas vivências isoladas (uma "ideia de mesa" e a "percepção dela"), mas a percepção acontece de um só golpe. A consciência e a coisa não são duas entidades separadas, mas acontecem em correlação. A fenomenologia busca resgatar o mundo das experiências pré-reflexivas, que é o mundo da vida.
Para Wilhelm Dilthey (1833-1911), filósofo alemão, não podemos explicar a vida psíquica, mas apenas compreendê-la, a vida psíquica é uma totalidade onde temos uma compreensão imediata. O método compreensivo é, segundo ele, o único adequado às investigações das ciências humanas.
Compreender é a visão intuitiva de algo de dentro, explicar, pelo contrário, é o conhecimento por meio da causalidade desde fora, a explicação científica relaciona o percebido com as leis antes estudadas ou divide o que é percebido em partes. Dilthey deixou de lado o princípio de causalidade da ciência natural e compreendeu a vida psicológica partindo do interno, seu intuito era tentar captar as ligações das vivências com os significados na vida de cada um.
Compreender é a visão intuitiva de algo de dentro, explicar, pelo contrário, é o conhecimento por meio da causalidade desde fora, a explicação científica relaciona o percebido com as leis antes estudadas ou divide o que é percebido em partes. Dilthey deixou de lado o princípio de causalidade da ciência natural e compreendeu a vida psicológica partindo do interno, seu intuito era tentar captar as ligações das vivências com os significados na vida de cada um.
Franz Brentano (1838-1917) acreditava que havia profundas diferenças entre os eventos físicos e os fenômenos psíquicos. Segundo ele, há intencionalidade nos fenômenos psíquicos, um modo de percepção original e imediato. A consciência fenomenológica não é simplesmente a consciência do objeto, por parte do sujeito, mas uma consciência da ação, que se dá de modo anterior à constituição das dicotomias entre sujeito e objeto. Ele propõe o retorno às experiências vividas e a descrição autêntica delas, livre de qualquer pressuposto científico ou metafísico.
Edmund Husserl (1859-1938) questionou o modo como se dá o conhecimento. Para ele, a "coisa em si" não existe, pois as coisas dependem sempre de um olhar. São as pessoas que percebem as coisas e nada existe sem a percepção de uma pessoa sobre algo. Seu interesse não era buscar os ideais de coisas, mas perceber como elas se mostram para a consciência, colocando entre parênteses os julgamentos e concepções prévias sobre o que era observado.
Segundo Husserl, não nos encontramos primeiramente com os dados para depois perceber as coisas, mas nos encontramos com os fenômenos, tal como eles se apresentam a nossa consciência. Não existe a "coisa em si" sem a consciência que temos dela. A consciência é sempre intencional, está constantemente voltada para um objeto, enquanto este objeto é sempre objeto para uma consciência. Como qualquer coisa é sempre "coisa para uma consciência", nunca algo será uma “coisa em si”, mas sempre coisa percebida, sentida, interpretada e significada por alguém.
Segundo Husserl, não nos encontramos primeiramente com os dados para depois perceber as coisas, mas nos encontramos com os fenômenos, tal como eles se apresentam a nossa consciência. Não existe a "coisa em si" sem a consciência que temos dela. A consciência é sempre intencional, está constantemente voltada para um objeto, enquanto este objeto é sempre objeto para uma consciência. Como qualquer coisa é sempre "coisa para uma consciência", nunca algo será uma “coisa em si”, mas sempre coisa percebida, sentida, interpretada e significada por alguém.
Por Bruno Carrasco.