A psicoterapia fenomenológico existencial é uma vertente de psicoterapia que entende a existência humana de maneira singular, sempre em processo e transformação. Compreende que cada pessoa experimenta a vida de maneira particular, partindo dos afetos, livre para fazer escolhas e responsável pelas escolhas que fizer.
Esta abordagem tem como foco a pessoa atendida e suas experiências, tal como ocorrem para ela, ou seja, suas vivências e percepções pessoais e o modo como elas constroem sua experiência de mundo e de si mesma.
Apesar de se assemelhar, em alguns aspectos, com a Psicologia Humanista, a Abordagem Centrada na Pessoa ou a Gestalt-Terapia, possui uma proposta teórica e um método diferentes, tendo como fundamentação teórica e embasamento filosófico o existencialismo, e enquanto método a fenomenologia.
A filosofia existencialista entende que toda pessoa é livre para fazer escolhas e sua existência está em constante transformação. A fenomenologia busca compreender a pessoa partindo do modo como ela percebe e sente suas experiências, deixando de lado interpretações ou avaliações meramente objetivas.
A filosofia existencialista entende que toda pessoa é livre para fazer escolhas e sua existência está em constante transformação. A fenomenologia busca compreender a pessoa partindo do modo como ela percebe e sente suas experiências, deixando de lado interpretações ou avaliações meramente objetivas.
A atitude fenomenológica busca compreender como cada indivíduo percebe sua realidade. Seu interesse está mais para o modo como a experiência de mundo se realiza para cada pessoa, do que para a objetividade do real. Essa psicoterapia não busca enquadrar as pessoas em classificações prontas, pois entende que cada existência é uma, com características e singularidades próprias.
O psicoterapeuta fenomenológico existencial não analisa a pessoa de maneira meramente "técnica", nem busca compreender seus "segredos inconscientes", mas busca compreender cada pessoa enquanto um ser único e singular, que possui experiências próprias e um modo peculiar de experimentar o mundo e a vida, tendo como intuito potencializar sua existência e encontrar novas maneiras de compreender e lidar com suas dificuldades, ampliando seus horizontes existenciais.
A psicoterapia existencial com base no método fenomenológico busca compreender o ser que se mostra em seus modos de compreender o mundo e a si mesmo, encontrando caminhos e sentidos para sua existência com base em suas experiências e em seus afetos.
Essa abordagem se iniciou no final do século XIX, se desenvolvendo durante o século XX, tendo como representantes os filósofos Arthur Schopenhauer, Soren Kierkegaard, Friderich Nietzsche, Martin Buber, Martin Heidegger, Gabriel Marcel, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Simone de Beauvoir, Emil Cioran, e os psicoterapeutas Ludwig Binswanger, Karl Jaspers, Medard Boss, Viktor Frankl, Rollo May, Van Den Berg, Ronald Laing, Irvin Yalom, Alfried Langle, Emmy Van Deurzen, entre outros.
Essa abordagem se iniciou no final do século XIX, se desenvolvendo durante o século XX, tendo como representantes os filósofos Arthur Schopenhauer, Soren Kierkegaard, Friderich Nietzsche, Martin Buber, Martin Heidegger, Gabriel Marcel, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Simone de Beauvoir, Emil Cioran, e os psicoterapeutas Ludwig Binswanger, Karl Jaspers, Medard Boss, Viktor Frankl, Rollo May, Van Den Berg, Ronald Laing, Irvin Yalom, Alfried Langle, Emmy Van Deurzen, entre outros.
O existencialismo é uma filosofia que questiona sobre a nossa ação no mundo, a maneira como nos colocamos e estabelecemos nossos valores, como escolhemos ou deixamos de escolher, enfim, como sentimos e atuamos perante a vida. Se coloca a refletir sobre temas como a liberdade de ser, a angústia, o sentido da vida, a morte e a finitude, a autenticidade, entre outros, analisando o ser humano em seus aspectos concreto, singular, afetivo e temporal.
A fenomenologia corresponde a um método de aquisição de conhecimento, que estabelece um modo sobre como entendemos as coisas e o mundo, compreendendo que não há uma dicotomia entre sujeito e objeto, mas uma correlação entre eles. Busca observar os fenômenos tal como eles aparecem para uma consciência, não tendo como intuito o entendimento dos fatos objetivos, mas suas tantas possíveis descrições subjetivas.
Edmund Husserl (1859-1938) foi filósofo e matemático que rompeu com a ciência positivista de sua época, criticando o psicologismo e propondo um método fenomenológico. Este método não se limita empirismo objetivo, mas entende que a experiência subjetiva é a fonte de orientação para cada indivíduo. Ele propôs um método de redução fenomenológica para ir de encontro com as origens de cada tema estudado.
Martin Heidegger (1889-1976) foi filósofo, escritor e professor universitário alemão. Ele é responsável pela ligação entre a filosofia existencialista de Kierkegaard e a fenomenologia de Husserl. Sua preocupação maior foi a de elaborar uma análise da existência, na busca de esclarecer sentido do ser.
Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como o maior representante do existencialismo. Em sua filosofia, defende que para o ser humano "a existência precede a essência", pois o homem primeiro existe, depois se define, não há uma essência que o defina anteriormente à sua existência.
Por Bruno Carrasco.