Fenomenologia é um método de compreensão da subjetividade humana e do sentido das coisas, que pode ser utilizado em diversas áreas de conhecimento. Há algumas diferenças de compreensões, pois os autores que trabalharam o termo nem sempre convergem no mesmo sentido sobre suas concepções, entre os principais autores estão Edmund Husserl (1859-1938), Martin Heidegger (1889-1976) e Maurice Merleau-Ponty (1908-1961).
Psicologia é um campo de estudos sobre o ser humano, mais especificamente relacionado à psiquê - as emoções e os pensamentos. Há diversas escolas e abordagens na psicologia, entre as principais estão a psicanálise, a comportamental e as existenciais e humanistas.
A psicanálise tem como representante Sigmund Freud (1856-1939), médico neurologista, que trabalhava com o método de associação livre de ideias, onde interpretava os conteúdos da pessoa atendida com base na teoria que ele mesmo elaborou. Já a psicologia comportamental é uma vertente mais científica e positivista, que trabalha com conteúdos observáveis e que podem ser medidos e classificados.
Diferente dessas vertentes, a fenomenologia, na prática da psicologia, consiste em olhar para o que se mostra, se abrindo para o fenômeno que é a pessoa em relação consigo mesma e com o mundo, recebendo ela do modo como se revela e conforme ela vai se revelando.
A fenomenologia está para além da dicotomia razão-experiência, ou sujeito-objeto, no processo de compreensão e conhecimento de algo, entendendo que toda consciência é intencional, ou seja, o objeto só existe para um sujeito que lhe dá significado. Deste modo, a razão e a experiência compõem, juntamente, o fenômeno da consciência, por isso não há como trata-las de modo separado.
Na prática, a fenomenologia não utiliza nenhum tipo de medição ou classificação sobre o que a pessoa diz, ou sobre o modo como ela se apresenta, para se avaliar algum tipo de "patologia". Também não tem como intuito interpretar a pessoa por algo que esteja além do modo como ela se apresenta, não se utilizando de nenhum conceito "a priori" sobre a pessoa, mas buscando compreender a pessoa tal como ela se mostra.
A fenomenologia está para além da dicotomia razão-experiência, ou sujeito-objeto, no processo de compreensão e conhecimento de algo, entendendo que toda consciência é intencional, ou seja, o objeto só existe para um sujeito que lhe dá significado. Deste modo, a razão e a experiência compõem, juntamente, o fenômeno da consciência, por isso não há como trata-las de modo separado.
Na prática, a fenomenologia não utiliza nenhum tipo de medição ou classificação sobre o que a pessoa diz, ou sobre o modo como ela se apresenta, para se avaliar algum tipo de "patologia". Também não tem como intuito interpretar a pessoa por algo que esteja além do modo como ela se apresenta, não se utilizando de nenhum conceito "a priori" sobre a pessoa, mas buscando compreender a pessoa tal como ela se mostra.
A pessoa se mostra conforme vai se revelando, e neste desvelo, o psicoterapeuta fenomenológico busca compreendê-la, ao invés de interpretar ou explicar seus modos de ser. A pessoa é entendida a partir do modo como se descreve e se expressa, incluindo todo seu contexto e entorno, entendida sempre enquanto uma pessoa em situação, um ser no mundo.
Na psicologia, a fenomenologia entende que a pessoa é um ser em constante transformação, que é afetada pela relação que estabelece com os espaços, com as pessoas que convive, com a história, com a cultura, com o tempo, com o local onde vive, com seu passado e com seu projeto de futuro.
"O interesse da Fenomenologia não é o mundo que existe, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá, tem lugar, se realiza para cada pessoa."
(Rubem Queiroz Cobra)
Para compreender a pessoa do modo ela se manifesta é utilizado um procedimento de redução de juízos, ou epoché, onde se exercita deixar de lado e suspender quaisquer julgamentos prévios sobre a pessoa, numa busca de apreensão da pessoa partindo dela mesma, do modo como ela se manifesta e do significado que ela atribui à sua própria existência.
Com isso percebe-se que os modos de ser de cada pessoa não são "patológicos" ou "saudáveis", mas compõem a singularidade de cada indivíduo. Nesta abordagem não há modelos prévios de como se proceder com cada pessoa, os modos de proceder vão sendo construídos com base em cada encontro com a pessoa atendida.
O atendimento terapêutico fenomenológico é um procedimento onde o terapeuta se coloca totalmente presente durante o procedimento, sempre atento ao modo como cada pessoa se coloca na relação. Cada atendimento é uma experiência, pois cada pessoa é uma e cada encontro é único. Consiste em olhar para o indivíduo tal como ele se mostra, buscando seus
significados sobre o que vivencia e sobre como se sente, deixando de lado
especulações teóricas ou interpretações prévias sobre a pessoa.
A fenomenologia está precisamente ocupada com os modos pelos quais as coisas aparecem ou se manifestam para nós, com a forma e estrutura da manifestação.
(David Cerbone)
Sua prática não se utiliza de modelos prontos, nem programas de atuação, o atendimento terapêutico por meio do método fenomenológico vai se configurando de acordo com o modo como a pessoa se manifesta. O terapeuta parte da pessoa atendida, de seus desejos e dores, seus modos de ser e e expressar, para caminhar no processo terapêutico.
Na prática da psicoterapia, a fenomenologia pode ser trabalhada com a Psicoterapia Existencial, com a Gestalt-Terapia, com a Abordagem Centrada na Pessoa, entre outras. Costuma ser utilizado por abordagens que buscam compreender a subjetividade da pessoa atendida partindo de sua manifestação, sem se utilizar de normas previamente estabelecidas.
Na prática da psicoterapia, a fenomenologia pode ser trabalhada com a Psicoterapia Existencial, com a Gestalt-Terapia, com a Abordagem Centrada na Pessoa, entre outras. Costuma ser utilizado por abordagens que buscam compreender a subjetividade da pessoa atendida partindo de sua manifestação, sem se utilizar de normas previamente estabelecidas.
Por Bruno Carrasco.
Referências:
CERBONE, David. Fenomenologia. Tradução: Caesar Souza. 3ª ed. Petrópolis: Vozes, 2014.