Carl Ransom Rogers (1902-1987) foi um psicólogo estadunidense que desenvolveu a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Descontente com as abordagens reducionistas, mecanicistas e diretivistas em Psicologia, como o Comportamentalismo e a Psicanálise, ele propõe uma relação não-hierárquica entre pessoa atendida e terapeuta, negando a ideia de que toda pessoa possuía uma neurose básica, acreditando que o ser humano tende à saúde e ao bem-estar. Sua proposta terapêutica tem como embasamento a concepção humanista em psicologia.
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"É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa."
"Não podemos afastar do que somos enquanto não aceitamos profundamente o que somos."
"Sinto-me mais feliz simplesmente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles mesmos."
"O que serei e o que farei no momento seguinte é algo que brota do próprio momento e não pode ser previsto."
"Nenhuma ideia criada por outra pessoa ou por mim tem tanta autoridade quanto a minha experiência."
"Todo individuo existe num mundo de experiências em constante mutação, do qual ele é o centro."
"A vida, no que tem de melhor, é um processo que flui, que se altera e onde nada está paralisado."
"Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo."
"O indivíduo representa um processo digno do mais profundo respeito, tanto pelo que é, como pelas suas potencialidades."
"Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse uma coisa que não sou."
"Verifiquei que me enriquece abrir canais através dos quais os outros possam comunicar os seus sentimentos, a sua particular percepção do mundo."
"Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não o nosso mundo refletido nos olhos dele."
"O resultado da terapia é tornar-se uma pessoa autônoma, capaz de ser o que é, e de escolher o seu caminho."
"O ser humano tem a capacidade, latente ou manifesta, de compreender-se a si mesmo e resolver seus problemas de modo suficiente para alcançar a satisfação e eficácia necessárias ao funcionamento adequado."
"Estarei vivendo de uma maneira que é profundamente satisfatória para mim e que me expressa verdadeiramente? Esta talvez seja a pergunta mais importante para o indivíduo criativo."
"Quanto mais um indivíduo é compreendido e aceito, maior tendência tem para abandonar as falsas defesas que empregou para enfrentar a vida, e para progredir num caminho construtivo."
"A apreciação dos outros não me serve de guia. Apenas uma pessoa pode saber que eu procedo com honestidade, com aplicação, com franqueza e com rigor, ou se o que faço é falso, defensivo e fútil. E essa pessoa sou eu mesmo."
"À medida que um indivíduo se torna capaz de assumir sua própria experiência, caminha em direção à aceitação da experiência dos outros. Ele aprecia e valoriza tanto sua experiência como a dos outros por aquilo que elas são."
"Julgo ser evidente que uma pessoa que estivesse plenamente aberta a cada experiência nova, completamente desprovida de uma atitude defensiva, viveria cada momento da sua vida como sendo novo."
"Percebo que se fosse estável, prudente e estático, viveria na morte. Portanto, aceito a confusão, a incerteza, o medo e os altos e baixos emocionais, porque esse é o preço que estou disposto a pagar por uma vida fluida, rica e excitante."
"Gostar da pessoa pelo que ela é, deixando de lado as expectativas do que quero que ela seja, deixando de lado meu desejo de adapta-la às minhas necessidades, é uma maneira muito mais difícil, porém mais enriquecedora de viver uma relação íntima satisfatória."
"Saber realmente o que está acontecendo dentro de mim não é uma coisa simples, mas tenho me sentido encorajado a fazê-lo, pois percebo que durante todos esses anos esta minha capacidade tem melhorado. Estou convencido, no entanto, de que esta é uma tarefa para toda a vida e que nenhum de nós jamais está totalmente apto a entrar em contato, sem dificuldades, com o que está acontecendo no cerne de nossa própria experiência."
"As pessoas são tão belas quanto um pôr do sol quando as deixamos ser. De fato, talvez possamos apreciar um pôr do sol justamente pelo fato de não o podermos controlar. Quando aprecio um pôr do sol não me ponho a dizer: diminua um pouco o tom de laranja no canto direito, ponha um pouco mais de vermelho púrpura na base e use um pouco mais de rosa naquela nuvem. Não faço isso. Não tento controlar um pôr do sol. Olho com admiração a sua evolução."
"Um dos princípios fundamentais que levei muito tempo para reconhecer e que ainda continuo a aprofundar é a descoberta de que, quando sinto que uma atividade é boa e que vale a pena prossegui-la, devo prossegui-la. Em outras palavras, aprendi que a minha apreciação 'organísmica' total de uma situação é mais digna de confiança do que o meu intelecto. Durante toda a minha vida profissional fui levado a seguir direções que pareciam ridículas aos outros e sobre as quais eu mesmo tinha muitas dúvidas. Mas nunca lamentei seguir as direções que eu 'sentia serem boas', mesmo se freqüentemente experimentasse por algum tempo uma sensação de isolamento ou de ridículo."
"Seria bastante enganoso supor que o ser humano se move tranquilamente na direção do aperfeiçoamento e do crescimento. Talvez fosse mais correto dizer que o ser humano move-se, em meio a lutas e dores, na direção do aperfeiçoamento e do crescimento. O processo como um todo pode ser simbolizado e ilustrado pela criança aprendendo a andar. Os primeiros passos envolvem esforço e, normalmente, dor. Com frequência é verdade que a recompensa imediata pelo fato de conseguir dar alguns passos não é, de forma alguma, equivalente à dor das quedas e batidas. A criança pode, por causa da dor, voltar a engatinhar por algum tempo. No entanto, na imensa maioria dos indivíduos, a direção para frente do crescimento é mais poderosa do que as compensações de permanecer infantil."